Bruno Fernandes das Dores de Souza, mais conhecido como goleiro Bruno, foi um dos nomes mais promissores do futebol brasileiro no final da década de 2000. Revelado pelo Atlético Mineiro e com uma curta passagem pelo Corinthians, foi no Flamengo que alcançou o auge da carreira.
Vestindo a camisa rubro-negra, disputou 234 partidas, marcou quatro gols e conquistou títulos importantes, como o Campeonato Brasileiro e três edições do Carioca. Seu talento o levou até a assinar um pré-contrato com o Milan, da Itália, com ganhos previstos de até R$ 500 mil mensais e luvas de R$ 4,2 milhões.
Na época, Bruno recebia cerca de R$ 150 mil por mês no Flamengo, e estimativas apontam que ele poderia ter acumulado uma fortuna de até R$ 30 milhões até 2015, caso a carreira seguisse seu rumo natural.
Bruno havia fechado acordo com o Milan antes de crime
No entanto, tudo mudou em julho de 2010, quando foi preso acusado de envolvimento no sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio, com quem teve um filho. O caso teve repercussão nacional e resultou em uma condenação de 23 anos por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e sequestro. Apesar da sentença, o ex-goleiro cumpriu cerca de dez anos de prisão.
Após deixar o sistema prisional, Bruno tentou retornar ao futebol profissional, mas sua presença gerou forte rejeição pública. Ainda assim, passou por clubes de menor expressão como Boa Esporte, Rio Branco-AC, Búzios e Atlético Carioca, onde atuou na Série C do Campeonato Carioca e recebia R$ 1.200 mensais. Em julho de 2021, aos 36 anos, decidiu encerrar a carreira de jogador.
Atualmente, Bruno atua como investidor e busca recomeçar longe dos gramados. Enquanto isso, seu filho, Bruninho, tenta trilhar o próprio caminho no futebol, defendendo o Athletico Paranaense. O jovem tem se destacado pelas categorias de base do clube e sonha em construir uma trajetória diferente, focada apenas no esporte.
